Existe um lugar para você no coração da Mãe da Igreja
Quando passamos um tempo observando uma criança pequena, percebemos que, ao menor sinal de perigo ou tristeza, ela tende a buscar o colo da mãe. Na vida espiritual, também sabemos, com certeza, que temos a quem recorrer: a Virgem Maria, que nos leva ao Pai. Em meio aos desafios e às dificuldades, o coração da Mãe da Igreja é lugar de consolo e descanso.
Porém, é preciso lembrar que, antes de ser mãe de toda a humanidade, Nossa Senhora foi escolhida para ser mãe de Jesus. Pela ação do Espírito Santo, o menino Deus foi gerado no ventre da Cheia de Graça.
Se pensarmos na infância de Jesus, da qual não temos muitos detalhes na Bíblia, podemos imaginar os singelos momentos vividos pela Família Sagrada. A jovem Maria embalando o pequeno Jesus em seus braços, cuidando, protegendo e educando, ao lado de São José.
Assim, o Menino “crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e diante dos homens” (Lc 2, 52). Por outro lado, “sua mãe, porém, conservava a lembrança de todos esses fatos em seu coração” (Lc 2,51).
Quando chegou a hora da entrega de Cristo na Cruz, Nossa Senhora permaneceu aos pés de seu Filho, no Calvário, acompanhando todas as dores por amor. E, naquele momento, tudo mudou para nós.
Além de termos sido lavados pelo sangue de Cristo, redimidos do pecado e recebido a possibilidade da salvação, ganhamos Maria como mãe.
“Jesus, então, vendo a mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à mãe: ‘Mulher, eis teu filho!’. Depois, disse ao discípulo: ‘eis tua mãe” (Jo 19, 26s)
Ali, São João representava todos os filhos de Deus, que, agora, podem buscar refúgio no mesmo regaço que acolheu o menino Jesus.
Mãe da Igreja e nossa mãe
O olhar cuidadoso e atento parece ser um forte traço da Virgem Maria, nos breves momentos em que a vemos nas Sagradas Escrituras. Por exemplo, ao receber a visita do Anjo, na Anunciação, ela fica sabendo que Santa Isabel também estaria grávida. E então, vai “apressadamente” até a casa da prima, para ajudá-la.
Nas Bodas de Caná, também é Maria quem nota que os noivos não tinham mais vinho. Afinal, na cultura da época, faltar essa bebida em um casamento significava faltar alegria. Por isso, ao perceber essa possibilidade, Nossa Senhora vai até Jesus e aponta o que viu.
Após a resposta de Cristo, ela dá apenas uma orientação aos serventes: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Portanto, nisso consiste a sua maternidade sobre os católicos. A Imaculada não se coloca como o centro, mas sempre nos leva para mais perto de Jesus.
Após a ascensão do Senhor, o livro dos Atos dos Apóstolos relata que a Virgem Maria permaneceu junto aos discípulos, rezando. Logo, em Pentecostes, quando o Espírito Santo desce sobre o cenáculo, a Mãe da Igreja estava lá.
Na Encíclica Redemptoris Mater, no parágrafo 24, São João Paulo II destaca a presença de Nossa Senhora nesse momento, “por vontade do Filho e por obra do Espírito Santo”.
“Existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une estes dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém. Em ambos os casos, a sua presença discreta, mas essencial, indica a via do «nascimento do Espírito».”
Caminho seguro
Na aparição em Fátima, em Portugal, em 1917, a Mãe da Igreja deixa uma série de mensagens para os pastorinhos. Entretanto, uma delas chama especial atenção. “Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus” (In Memórias da Ir. Lúcia p 175).
Muito antes, a Virgem também já havia deixado claro o cuidado que tem sobre os seus filhos. Em 1531, no México, ela apareceu a um indígena. Na ocasião, disse:
“Não estou eu aqui, ao seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe”.
Essas aparições apenas reafirmam o que a Palavra e a Tradição nos mostram: Maria é Mãe de Jesus e da Igreja e, como tal, não deixa seus filhos desamparados. Portanto, a imagem que temos em nossa Paróquia retrata essas duas realidades, pois, ao passo que a Virgem carrega o Menino Deus no colo, tem fiéis a seus pés, sob sua guarda.
Como exemplo de fé, serviço e amor, ela é um caminho seguro para chegar ao Pai. Para isso, porém, precisamos crescer na devoção.
Morar no coração de Maria
A devoção à Virgem Maria está intimamente ligada à história da Igreja. A oração mais antiga à Nossa Senhora, de que se tem conhecimento, remonta ao século terceiro. Encontrado em um fragmento de papiro, o texto ficou conhecido como “Sub tuum praesidium”, traduzido para o português como “À Vossa proteção”.
Hoje, contamos com inúmeras práticas de devoção à Mãe da Igreja. Algumas das principais são:
- O Santo Terço ou Rosário, com a contemplação dos mistérios da nossa salvação;
- O ofício da Imaculada Conceição, geralmente rezado aos sábados;
- O Ângelus, comumente rezado às 6h, às 12h ou às 18h;
- Um hino específico à Mãe da Igreja;
- Leituras espirituais sobre a Virgem Maria, como o sobre Nossa Senhora Mãe da Igreja, de autoria do Papa Paulo VI, que pode ser adquirido na Secretaria Paroquial ou pela internet;
- Visitar Igrejas ou Santuários dedicados à Mãe do Senhor.
Nossa Paróquia, localizada em Presidente Prudente, no estado de São Paulo, está de braços abertos para te acolher. Vamos crescer juntos no amor à Mãe do Senhor e a Deus. Vamos partilhar nossas dores, alegrias e buscar abrigo no coração da Santa Mãe da Igreja.
Venha nos conhecer!
Endereço: R. Padre João Goetz, 514 – Jardim Esplanada
E-mail: secretaria@paroquiamaedaigreja.com.br