Conheça a devoção a Nossa Senhora Mãe da Igreja
Nossa Senhora Mãe da Igreja é nossa padroeira e firme intercessora nos céus.
Você, provavelmente, já sabe que a nossa Paróquia conta com uma imagem exclusiva de Nossa Senhora Mãe da Igreja. Esse é um dos títulos mais belos da Virgem Maria. É por isso que todos nós a chamamos de “mãe” e confiamos nos seus cuidados. Mas, de onde vem essa devoção?
Para entender essa questão, precisamos voltar para a origem da nossa Igreja: aos pés da Cruz:
“Jesus, então, vendo a mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à mãe: ‘Mulher, eis teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis tua mãe!’” (Jo 19, 26s).
Nessa passagem, João representa toda a Igreja que, naquele momento, é entregue por Jesus aos braços de Maria. Após a ressurreição do Senhor, ela continua auxiliando, com suas orações, às primeiras comunidades cristãs.
Ligada também ao total abandono da Virgem à Vontade Divina, a maternidade espiritual de Maria foi um dos temas abordados na Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II. O texto destaca sua constante obediência, desde a anunciação até o calvário.
“Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça” (61).
Assim, a imagem exclusiva, talhada em madeira, que temos em nossa Paróquia, reflete perfeitamente esse papel da Virgem na história da nossa salvação. Com 1,5 metros de altura, nos remete a três realidades:
- Mãe de Deus, que carrega o menino Jesus no colo;
- Maria Mãe da Igreja, com fiéis sob sua guarda;
- Nossa Padroeira, com a imagem da frente da paróquia aos seus pés.
O título de Nossa Senhora Mãe da Igreja
Embora seja bastante conhecido, o título de Nossa Senhora Mãe da Igreja só ganhou popularidade na segunda metade do século passado. Isso porque, em 1964, no contexto do Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI a chamou assim.
“Portanto, para glória da Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima “Mãe da Igreja”, isto é, de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima; e queremos que com este título suavíssimo seja a Virgem doravante honrada e invocada por todo o povo cristão”, afirmou o então Pontífice.
Apesar disso, no mesmo discurso, o santo destaca que trata-se “de um título que não é novo para a piedade dos cristãos”. Como exemplo, podemos olhar para Santa Teresa de Lisieux.
Conhecida também como Santa Teresinha do Menino Jesus, nasceu em 1873, na França, e já enxergava a maternidade de Nossa Senhora sobre os cristãos.
“Com a prática fiel das virtudes mais humildes e simples, tornaste, minha Mãe, visível a todos o caminho reto do Céu”, dizia a carmelita.
Outro ponto importante é a doutrina do Corpo Místico. Ou seja, a verdade de que Jesus é a cabeça da Igreja e que, pelo Espírito Santo:
“vós sois corpo de Cristo e sois os seus membros” (1 Cor 12, 27).
Então, se reconhecemos Maria como Mãe de Jesus, por que ela não seria também mãe de seu Corpo Místico, no caso, da Igreja?
Na Carta Redemptoris Mater, o Papa São João Paulo II nos incentiva a conhecer a doutrina sobre a Imaculada, para, assim, entendermos a missão da Igreja.
“Neste sentido, Maria, Mãe da Igreja, é também modelo da Igreja. Esta, efectivamente ― como preconiza e solicita o Papa Paulo VI ― deve ir ‘buscar na Virgem Mãe de Deus a forma mais autêntica da perfeita imitação de Cristo’” (47).
Memória Litúrgica de Nossa Senhora Mãe da Igreja
Reforçando tudo isso, em 2018, o Papa Francisco instituiu a Memória de Maria Mãe da Igreja. Desde então, essa celebração acontece todos os anos, na segunda-feira após Pentecostes.
Na época, o Cardeal Robert Sarah, ressaltou a importância de ter uma data que remetesse a esse título.
“Ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos. […] Estes são os três mistérios que Deus deu ao mundo para estruturar, fecundar, santificar a nossa vida interior e para nos conduzir a Jesus”, disse.
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Já na primeira celebração após o decreto, o Santo Padre destacou que, assim como a Bem- Aventurada, toda a Igreja é chamada a exercer uma “maternidade”. Por isso, nos chamou a sermos ternos, mansos e humildes, seguindo o “caminho de Maria”.
Conheça a devoção da nossa comunidade
Para nos ajudar a imitar os passos da Santa Mãe de Deus, a Igreja nos concede algumas ferramentas muito úteis. Na nossa Paróquia, práticas de piedade mariana já fazem parte da rotina dos fiéis. Conheça algumas delas e saiba como crescer na devoção à Nossa Senhora Mãe da Igreja.
Rezar à Padroeira
Para fazer essa oração especial, você precisará de apenas alguns minutos. Pode inseri-la no seu momento de oração pessoal, de manhã ou de noite. Outra opção é imprimir o texto. Além disso, na Secretaria da nossa Paróquia, você pode adquirir o cartão com a oração da padroeira. Assim, poderá carregar com você, onde quer que esteja.
Nosso Hino
Por meio deste Hino, você pode meditar sobre as virtudes de Nossa Senhora e agradecer a Deus pela graça de tê-la como Mãe. Cantar em família essa canção pode ser uma ótima maneira de mostrar às crianças a importância dessa devoção.
Outras formas
- Rezar pela Igreja, especialmente o Santo Padre e os sacerdotes;
- Recitar o Angelus;
- Meditar os mistérios do Terço ou Rosário – na nossa Paróquia, rezamos o Santo Terço todos os dias, 30 minutos antes dos horários das Missas;
- Ler algum livro sobre a Virgem Maria – por exemplo, o sobre Nossa Senhora Mãe da Igreja, do Papa Paulo VI, que pode ser adquirido na Secretaria Paroquial ou pela internet.
Desde a Igreja Primitiva, vemos o cuidado da Virgem Maria com os filhos de Deus. Hoje, contamos não apenas com uma intercessora, mas com uma mãe no céu, que não cansa de interceder pelos fiéis. Por isso, devemos sempre pedir: Nossa Senhora Mãe da Igreja, rogai por nós!